sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O Papa implora o fim do desumano conflito sírio - Cessar-fogo imediato

«Quero sublinhar e reafirmar a minha proximidade a todas as vítimas do conflito desumano na Síria. É com um sentido de urgência que renovo o meu apelo implorando, com toda a minha força, aos responsáveis, a fim de que providenciem a um cessar-fogo imediato, que seja imposto e respeitado pelo menos durante o tempo necessário para consentir a evacuação dos civis, sobretudo das crianças, que ainda se encontram encurraladas sob os cruéis bombardeamentos». No final da audiência geral de quarta-feira, 12 de outubro, na praça de São Pedro, o Papa Francisco voltou a falar das violências que ensanguentam o país do Médio Oriente, três dias depois de ter anunciado o consistório durante o qual criará cardeal o arcebispo Mario Zenari «que permanece Núncio Apostólico na amada e martirizada Síria».



Precedentemente, o Pontífice tinha falado sobre as violências contra os cristãos, recebendo no pequeno gabinete da Sala Paulo VI a conferência dos secretários da Christian World Communions. «Quando os terroristas ou as potências mundiais – disse – perseguem as minorias cristãs ou os cristãos, não se questionam: «Mas és luterano? És ortodoxo? És católico? És reformado? És pentecostal?», não. «És cristão». Eles reconhecem apenas um: o cristão».

Portanto, ao chegar à praça de São Pedro, o Papa inaugurou um novo ciclo de reflexões dedicado às obras de misericórdia corporais e espirituais, recordando que «ao longo dos séculos, muitas pessoas simples as puseram em prática». Aliás, realçou, não é necessário «ir à procura de sabe-se lá quais feitos a realizar. É melhor iniciar pelas mais simples». Também porque, disse ainda, não se trata de «fazer grandes esforços ou gestos sobre-humanos». Ao contrário, «o Senhor indica um caminho feito de pequenos gestos que, contudo, têm aos seus olhos um grande valor», a ponto «que, com base neles, seremos julgados». A referência é ao capítulo 25 do Evangelho de Mateus, que constitui um dos temas fortes da pregação de Francisco. E neste sentido, o modelo foi santa Teresa de Calcutá, «não a recordamos pelas numerosas casas que fundou no mundo, mas – concluiu o Papa – porque se inclinava sobre cada pessoa que encontrava no meio da estrada para lhe restituir a dignidade».


Audiência geral

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