segunda-feira, 21 de março de 2016

Papa Francisco: primeiro próximo do Bispo è o seu presbítero

Papa Francisco: primeiro próximo do Bispo è o seu presbítero

Na manhã deste sábado 19 de março, solenidade de S. José, Esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, o Papa francisco presidiu à Santa Missa na basílica de S. Pedro, com a ordenação episcopal de D. Peter Brian Wells, Núncio Apostólico na África do Sul, Botswana, Lesotho e Namíbia, e D. Miguel Ángel Ayuso Guixot, Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo inter-religioso.

Na sua homilia Francisco recordou antes de tudo que foi o próprio Jesus que enviou ao mundo os apóstolos e, para perpetuar esta missão, os doze se rodearam de colaboradores transmitindo-lhes o dom do Espírito Santo coma imposição das mãos. Mas no bispo, circundado pelos seus presbíteros, está sempre presente Cristo, reiterou o Papa:

“É Cristo, de facto, que no ministério do bispo continua a pregar o Evangelho da salvação e a santificar os crentes, mediante os sacramentos da fé. É Cristo que na paternidade do bispo adiciona novos membros ao seu Corpo, que é a Igreja. É Cristo que na sabedoria e prudência do bispo guia o povo de Deus na peregrinação terrena até à felicidade eterna”.

E aos novos bispos Francisco recordou que foram escolhidos de entre os homens e para os homens e constituídos para as coisas de Deus, ressaltando a importância de estar ao serviço do povo de Deus. A primeira tarefa do Bispo é, pois, a oração, a segunda o anúncio da palavra e depois vem o resto – disse Francisco, que também acrescentou:

"Episcopado, na verdade, é o nome de um serviço, não de uma honra. Ao bispo compete mais servir que dominar, segundo o mandamento do Mestre: "Quem é o maior entre vós seja como o menor. E quem governa como quem serve – sede sempre servidores”.

E o Papa Francisco exortou ainda os bispos a serem na Igreja que lhes for confiada fiéis guardiães e administradores dos mistérios de Cristo, seguindo sempre o exemplo do Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas e é conhecido por elas e por elas não hesitou em dar vida. “Por detrás de cada carta que receberem está sempre uma pessoa, disse Francisco, ressaltando ainda:

“Amai com amor de pai e de irmão todos aqueles que Deus vos confiar. Antes de tudo, amai os sacerdotes e os diáconos (…) O primeiro próximo do Bispo é o seu presbítero, o primeiro próximo. Se tu não amas o primeiro próximo, não serás capaz de amar a todos. Próximos dos presbíteros, diáconos e dos vossos colaboradores. Mas também próximos dos pobres, os indefesos e aqueles que necessitam de acolhimento e ajuda”.

E Francisco concluiu com recomendações aos Bispos para prestarem atenção aos que ainda não pertencem ao único rebanho de Cristo, a trazerem sempre consigo a preocupação por toda a Igreja , unidos ao colégio dos bispos, e a vigiarem com amor por todo o rebanho em nome do Pai, de Jesus Cristo, seu Filho e do Espírito Santo que dá vida à Igreja e pelo seu poder nos sustenta na nossa fraqueza. (BS)



(from Vatican Radio)

Papa: por trás de toda dificuldade existem pessoas concretas

Papa: por trás de toda dificuldade existem pessoas concretas

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa recebeu em audiência nesta quinta-feira, (17/03), na Sala Paulo VI, cerca de 3 mil universitários participantes da 8ª edição da Conferência da Universidade de Harvard nos modelos das Nações Unidas (WorldMUN), em curso em Roma.

“Estou particularmente feliz de saber que vocês representam muitas nações e culturas, e por isso simbolizam a rica diversidade de nossa família humana”, disse o pontífice em seu discurso.

“Como estudantes universitários, vocês se dedicam à busca da verdade e da compreensão, ao crescimento na sabedoria, não somente para o seu benefício, mas também para o bem de suas comunidades locais e toda a sociedade. Espero que esta experiência os leve a apreciar a necessidade e a importância de estruturas de cooperação e solidariedade que foram forjadas pela comunidade internacional durante os últimos anos. Estas estruturas são particularmente eficazes quando se destinam ao serviço dos vulneráveis e marginalizados do mundo. Rezo para que as Nações Unidas e cada um dos Estados Membros sejam sempre disponíveis  a tal serviço e zelo.”

Os problemas do mundo têm um rosto

Francisco disse aos jovens que “o maior fruto de seu estar juntos aqui em Roma não está na aprendizagem acerca da diplomacia, dos sistemas institucionais e das organizações, que são importantes e merecem o seu estudo, mas no tempo passado juntos, no encontro com as pessoas de várias partes do mundo que representam não somente os muitos desafios atuais, mas sobretudo a rica variedade de talentos e o potencial da família humana”.

O Papa disse que os assuntos e problemáticas que os participantes do encontro trataram possuem um rosto. “Cada um de vocês pode descrever as esperanças e os sonhos, os desafios e os sofrimentos que caracterizam as pessoas de seu país”, disse.

Francisco destacou que nesses dias os jovens estão aprendendo muito uns dos outros e devem se lembrar que por trás de toda dificuldade que o mundo enfrenta estão homens e mulheres, jovens e idosos, pessoas como eles.

“Existem famílias e indivíduos que vivem lutando todos os dias, que procuram cuidar de seus filhos e garantir-lhes não somente um futuro, mas também as necessidades básicas de hoje". "Ao mesmo tempo”, reiterou Francisco, “muitos daqueles que foram atingidos pelos problemas mais graves do nosso mundo atual, pela violência e pela intolerância, tornaram-se refugiados, tragicamente obrigados a abandonar as suas casas, privados de sua terra e sua liberdade”.

A força da comunidade está na compaixão

“Estas pessoas precisam de sua ajuda”, disse o pontífice aos universitários. “Eles pedem a vocês em alta voz para serem ouvidos e são dignos de seu esforço pela justiça, paz e solidariedade.”

São Paulo nos diz que devemos nos alegrar com aqueles que se alegram e chorar com os que choram. “A nossa força como comunidade, em qualquer nível de vida e organização social, se apoia não tanto em nossos conhecimentos e habilidades pessoais, mas na compaixão que temos uns pelos outros, no cuidado que temos sobretudo com aqueles que não podem cuidar de si mesmos”, disse ainda Francisco.

O Papa deseja que a experiência vivida pelos jovens aqui em Roma os leve a ver o compromisso da Igreja Católica no serviço aos pobres e refugiados, no apoio às famílias e comunidades, e na proteção da dignidade inalienável e dos direitos de todo membro da família humana.

Cuidar dos outros é um chamado universal

“Nós cristãos acreditamos que Jesus nos chama a servir os nossos irmãos e irmãs, a cuidar dos outros prescindindo de sua proveniência e circunstâncias. Todavia, esta não é somente uma tarefa dos cristãos, mas um chamado universal, arraigado em nossa humanidade comum”, frisou Francisco.

O Papa concluiu, pedindo a Deus para conceder aos estudantes a mesma felicidade que prometeu aos que têm fome e sede de justiça e trabalham pela paz. (MJ)

(from Vatican Radio)

Angelus. Papa aos jovens: aguardo-vos numerosos em Cracóvia

Angelus. Papa aos jovens: aguardo-vos numerosos em Cracóvia

No final da Missa na Praça de S. Pedro neste Domingo de Ramos e antes da bênção final, o Papa Francisco dirigiu-se aos jovens da JMJ de Cracóvia e recitou a oração do Angelus, pedindo à Virgem Maria que nos ajude a viver esta Semana Santa com intensidade espiritual.

Na mensagem antes da oração mariana, o Santo Padre referiu-se à 31ª Jornada Mundial da Juventude, que se celebra neste domingo a nível diocesano e terá o seu ápice no final do mês de julho no grande Encontro Mundial em Cracóvia com o tema: “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia”.

Saudando todos os jovens do mundo o Papa Francisco a todos convidou para a JMJ de Cracóvia “pátria de S. João Paulo II” que foi o iniciador destes grandes encontros de jovens. Neste Ano Santo da Misericórdia o encontro na Polónia será o “Jubileu dos Jovens”.

Os muitos voluntários da JMJ de Cracóvia presentes na Praça, quando regressarem à Polónia levarão aos responsáveis da nação ramos de oliveira provenientes de Jerusalém, Assis e Montecassino como convite a cultivar propósitos de paz, de reconciliação e de fraternidade. “Prossigam com coragem!” – declarou o Papa no final da sua mensagem pedindo à Virgem Maria “para que nos ajude a viver com intensidade espiritual a Semana Santa”.