terça-feira, 22 de outubro de 2024

Papa Francisco se reúne com mulheres e leigos do Sínodo

 


Neste sábado, o Papa Francisco, conhecido por sua escuta atenta, encontrou-se com dois grupos que, ao longo da história da Igreja, não receberam muita atenção: mulheres e leigos. Esses grupos foram representados pelos participantes da Segunda Sessão da Assembleia Sinodal sobre a Sinodalidade, realizada na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Mulheres e leigos ganham voz e voto no Sínodo

A iniciativa partiu dos próprios participantes e foi acolhida pelo Santo Padre. Durante o atual pontificado, avanços significativos foram feitos em relação à participação de mulheres e leigos na vida da Igreja, e as avaliações sobre esses avanços variam. No entanto, é inegável que, no Sínodo, mulheres e leigos agora possuem voz e voto, o que representa uma conquista e motivo de alegria para muitos, pois abre as portas para que eles participem dos processos de discernimento, uma prática crucial na Igreja contemporânea.

Essa proximidade fortalece a própria Igreja, reforçando as conexões entre vocações, ministérios e serviços diversos. Se a missão da Igreja — anunciar o Evangelho e construir o Reino de Deus — deseja ser eficaz, o batismo deve ser o ponto de partida, com o Povo de Deus assumindo o chamado de Jesus a todos os seus discípulos.

A escuta é um valor central para Francisco

Nas mesas redondas do Sínodo, a presença de leigos e mulheres tem sido fundamental. Eles trazem consigo o conhecimento prático da vida cotidiana da Igreja, oferecendo uma visão detalhada da missão diária. Para o Papa Francisco, ouvir essas vozes tem grande valor, pois permite que ele se aproxime do sensus fidei fidelium — o sentido da fé do Povo de Deus como um todo.

Embora o conteúdo exato das conversas não tenha sido divulgado, é claro que foi um momento especial, um "tempo de Deus", em que muitos puderam encontrar inspiração e motivação na presença e nas atitudes do Papa, especialmente em sua disposição para escutar. Francisco chega cedo às sessões sinodais, atendendo a fila de pessoas, entre elas mulheres e leigos, que buscam um momento ao seu lado.

União de vozes por uma Igreja sinodal e missionária

Uma das participantes do encontro destacou: "Foi significativo ouvir as mulheres de diferentes continentes, essa soma de vozes e sensibilidades unidas pelo desejo de uma Igreja sinodal e missionária. Todos tão diversos e, ao mesmo tempo, dispostos a caminhar juntos, abrir portas e comunicar a Boa Nova. É uma alegria sentirmo-nos irmãs."

Na Igreja de Francisco, há espaço para todos, e todos são ouvidos, inclusive aqueles que, ao longo da história, foram silenciados. No caminho sinodal, muitas mulheres e leigos continuarão a avançar, trabalhando para que esse modo de ser Igreja se enraíze nas comunidades de base. E, mesmo que alguns tentem silenciá-los, eles seguirão testemunhando, não apenas com palavras, mas com a própria vida, levando a Boa Nova aos confins do mundo.

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