Liberdade Interior e Esperança
A verdadeira liberdade começa dentro de nós, e o dominicano alertou que “podemos ficar desapontados com as decisões do Sínodo”, reconhecendo que alguns podem considerá-las “imprudentes ou erradas”. No entanto, ele nos encorajou a manter a esperança, pois “nada pode nos separar do amor de Deus, nem mesmo as nossas falhas”. Essa liberdade nos permite “pertencer à Igreja e dizer Nós”.
A Liberdade de Pensar e Discutir
De acordo com o dominicano, “Deus opera em liberdade”. Ele lembrou que “crer no Espírito Santo não nos isenta de usar nossas mentes na busca da verdade”. O exemplo de Yves Congar, silenciado por Roma por “falar a verdade”, foi mencionado como uma inspiração. Radcliffe enfatizou: “não devemos temer a discordância, porque o Espírito Santo está agindo nela”. Ele ressaltou que a verdadeira liberdade é “pensar, falar e ouvir sem medo”, e que isso é ainda mais significativo quando confiamos que “Deus faz todas as coisas para o bem daqueles que o amam”.
A Providência de Deus e o Sínodo
Radcliffe também compartilhou sua visão sobre a ação da providência divina: “ela está agindo suave e silenciosamente, mesmo quando as coisas parecem estar dando errado”. Ele nos lembrou que “mesmo que o resultado do Sínodo não seja o que esperávamos, a providência de Deus continua em ação, guiando-nos por caminhos que só Ele conhece”. É importante entender que “este é apenas um sínodo, e haverá outros. Não precisamos fazer tudo de uma vez; devemos apenas dar o próximo passo”.
O Perigo da Arrogância e a Importância do Diálogo
Porém, ele alertou sobre os perigos da liberdade mal compreendida: “se formos livres apenas para defender nossas opiniões, corremos o risco de cair na arrogância”. Radcliffe advertiu que podemos acabar apenas “batendo os tambores da ideologia”, seja ela de esquerda ou de direita. Ele destacou a importância de participar do debate com nossas convicções, pois “se tivermos apenas a liberdade de confiar na providência de Deus, mas não ousarmos entrar no diálogo, seremos irresponsáveis e não amadureceremos”.
Essas reflexões são essenciais para compreendermos a sinodalidade: “a liberdade de Deus atua no âmago da nossa liberdade. Quanto mais é de Deus, mais é nossa liberdade”.
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