terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Testemunhar Jesus “não em grandes discursos, mas pequenos gestos”, enfatiza D. Bruno

Chieti (RV) – Ser cristão significa, principalmente, testemunhar Jesus e não viver o cristianismo como se fosse “um torcedor de uma equipe”. Essa foi a essência da mensagem do Papa Francisco na visita à paróquia romana de Guidonia. “Ser” e não aparecer: assim Dom Bruno Forte, arcebispo italiano de Chieti-Vasto, “traduz” o convite do Papa.
Dom Bruno – A busca pela verdade e a negação à aparência. Acredito que esse seja um ponto fundamental do magistério do Papa Francisco. Ele aponta sempre ao coração, à verdade do coração, àquilo que somos perante Deus e que devemos procurar ser em relação aos outros. Tudo aquilo que é um simples aparecer, uma máscara, não tem nada de cristão. Acredito que isso seja profundamente conforme àquilo que nos pede Jesus no Evangelho, quando nos pede de agradar o Pai, que vê no segredo, e não de se preocupar em agradar os homens pela impressão que podemos dar, por aquela imagem de nós que queremos transmitir.
Durante a visita à paróquia romana, o Papa Francisco enalteceu que o testemunho cristão se faz com a palavra, com o coração e as mãos. Um testemunho feito por pequenos gestos.
Dom Bruno – O testemunho não é simplesmente alguma coisa pela qual basta falar ou simplesmente alguma coisa que se desenvolve no interior da pessoa, mas é conjugar inseparavelmente a palavra, o coração e as mãos em que esse coração traduz a sua vontade de se empenhar pelos outros, por Deus. Perante Deus, aquilo que realmente conta é a verdade daquilo que fazemos e que se expressa exatamente, não em grandes palavras, em grandes discursos ou em formas clamorosas, mas na gestualidade de um concreto ato de amor. Então, o chamado aos pequenos gestos é mais uma vez o chamado ao ser perante Deus, e não ao aparecer. (Debora Donnini/AC)

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