domingo, 29 de janeiro de 2017

Card. Parolin em Madagáscar pelos 50 anos de relações diplomáticas

O secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, encontra-se na África, onde visitará a República de Madagáscar, por ocasião dos 50 anos das relações diplomáticas do país do oceano Índico com a Santa Sé, e a República do Congo, para a assinatura do Acordo Quadro sobre as relações entre a Igreja católica e o Estado do centro-oeste da África. A viagem durará onze dias e está prevista uma breve etapa em Nairóbi, no Quênia.
Na noite de quinta para sexta-feira (26 e 27 de janeiro), o purpurado chegou ao aeroporto de Antananarivo – capital de Madagáscar. Aguardava-o o núncio apostólico, Dom Paolo Gualtieri, o premier Oliver Solonandrasana Mahafali, acompanhado de muitos ministros, todos os bispos da Conferência episcopal malgaxe, e muitos fiéis, que do lado de fora do aeroporto entoavam cantos tradicionais de boas-vindas.
Na manhã de sexta-feira, o Cardeal Parolin foi recebido em audiência pelo Presidente da República, Hery Martial Rajaonarimanampianina, o qual expressou grande reconhecimento pela visita, recordando as boas relações entre a Santa Sé e Madagáscar, as quais foram reforçadas cada vez mais ao longo destes 50 anos.
O mandatário recordou a visita feita ao Papa Francisco em junho de 2014 e expressou sua mais sincera gratidão por tudo que a Igreja católica faz no país, sobretudo com seus centros educacionais, de saúde e caritativos.
Hery Martial reconheceu o papel importante que a Igreja realiza com suas instituições, contribuindo para o desenvolvimento social de todos os cidadãos, os quais não somente devem ser preparados para o futuro, mas educados segundo os valores tradicionais como fiéis, para dar uma estabilidade moral, espiritual e econômica a toda a República malgaxe.
Ao mesmo tempo, assegurou sua atenção pessoal a fim de que as forças da ordem vigilem com mais circunspeção pela incolumidade das instituições cristãs, que nos últimos tempos têm sofrido muitos furtos por obra de desconhecidos.
Igualmente, manifestou sua firme rejeição à violência terrorista perpetrada por extremistas religiosos e fez votos de um contínuo diálogo com os prelados para colaborar nos âmbitos comuns.
Por último, auspiciou que a celebração do cinquentenário das relações diplomáticas sirva para tornar sempre mais estreitos e fortes os laços com a Santa Sé e que se trabalhe a fim de se chegar a estabelecer, mediante um Acordo Quadro, uma mais profunda colaboração.
Por sua vez, o Cardeal Parolin quis transmitir a afetuosa saudação do Papa Francisco, que é muito amado em Madagáscar, sobretudo entre os jovens, e expressou sua profunda gratidão pelo acolhimento, extraordinariamente caloroso, que lhe foi reservado.
Tendo recordado o motivo da visita, manifestou a disponibilidade da Santa Sé a querer continuar essa profícua colaboração para tutelar, mediante as instituições da Igreja católica, os direitos dos mais frágeis e a assistência necessária a todas as pessoas, em particular, aos mais pobres e marginalizados.
O purpurado fez votos de que através da Igreja local malgaxe se possa contribuir para o bem-estar espiritual e social dos cidadãos. Auspiciou que sua visita seja ocasião de um avanço positivo para as boas relações existentes entre Madagáscar e a Santa Sé, para se alcançar um acordo que assegure às instituições católicas da Igreja seu pleno reconhecimento jurídico.
Ainda na sexta-feira, na sede do Primeiro-ministro teve lugar uma cerimônia na qual o Cardeal Parolin  foi condecorado com a alta honorificência de Grande Oficial da Ordem Nacional de Madagáscar. (RL)

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