quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Do santo Ofício à Congregação para a doutrina da fé

«Os Pastores da Igreja, que têm a missão de anunciar a palavra da salvação recebida na Revelação divina, têm o dever de conservar íntegro o depósito da fé a eles confiado por Cristo. Para cumprir melhor esta tarefa, no curso da plurissecular história da Igreja os Sumos Pontífices serviram-se de diversos instrumentos segundo a necessidade que se apresentava». Desta premissa, expressa no prefácio pelo cardeal Gerhard Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, inicia a reflexão contida em Per promuovere e custodire la fede. Dal Sant'Uffizio alla Congregazione per la Dottrina della Fede (Cidade do Vaticano, Libreria Editrice Vaticana, 2015, 63 páginas). O estudo propõe-se percorrer a história das instituições que tiveram «a tarefa de vigiar a fim de que a profissão da recta fé seja a guia de toda a actividade da Igreja». O ponto de partida é a primeira metade do século XIII quando, sob o pontificado de Gregório IX, teve origem a inquisição medieval, «nascida com a finalidade principal de reprimir todas as formas de heresia». Desde aquela época «a repressão anti-herética, anteriormente confiada aos Ordinários diocesanos, foi exercida também directamente pela Santa Sé através da nomeação de legados especiais e, em seguida, de membros de ordens religiosas, em particular dominicanos e franciscanos». 

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