sábado, 19 de setembro de 2015

A viagem do Papa Francisco à América foi precedida pelo diálogo televisivo com os jovens cubanos e norte-americanos - Pontes de amizade

A viagem do Papa Francisco à América foi precedida pelo diálogo televisivo com os jovens cubanos e norte-americanos - Pontes de amizade

Estava presente também uma família síria hospedada pela paróquia de Santa Ana no Vaticano para desejar ao Papa «boa viagem» pouco antes da partida para a décima viagem internacional do Pontificado, cuja meta será Cuba e os Estados Unidos da América. Acompanhados pelo arcebispo esmoler Konrad Krajewski, os refugiados originários de Damasco na manhã de sábado 19, chegaram à residência de Santa Marta para saudar Francisco e agradecer-lhe o acolhimento. Antes de subir a bordo da viatura com a qual foi ao aeroporto de Fiumicino, o Papa recebeu a saudação também dos monsenhores Peter Bryan Wells e José Avelino Bettencourt, respectivamente assessor e chefe de Protocolo da Secretaria de Estado.

Anteriormente, no final da tarde de sexta-feira 18, como já é tradição na véspera de cada partida, Francisco foi à basílica romana de Santa Maria Maior para confiar à Virgem a sua viagem apostólica à América. Acolhido pelo cabido liberiano e pelo cardeal arcipreste Santos Abril y Castelló, o Pontífice colocou diante da imagem da Salus populi Romani um maço de flores e deteve-se em oração. Poucas horas mais tarde – quando na Itália já era noite – a rede televisiva norte-americana Cnn transmitiu uma entrevista por vídeo durante a qual o Papa, dialogando com dez estudantes convidados por Scholas occurentes – cinco cubanos e cinco norte-americanos – enfrentou diversos temas, desde a protecção do meio ambiente ao diálogo entre os povos, da instrução dos jovens à busca da paz. «Construir pontes e desbloquear, para que haja comunicação, para que a comunicação incentive a amizade». Este é um dos objectivos que Francisco colocou entre as prioridades da agenda da viagem, cujo itinerário simboliza precisamente uma ponte ideal entre dois países que por muito tempo se olharam com desconfiança. «Uma das coisas mais bonitas – disse aliás aos jovens de Cuba e dos Estados Unidos – é a amizade social. Precisamente isto gostaria que vós obtivésseis: a amizade social». Encorajando-os também a tomar iniciativa acrescentou: «O medo paralisa. Movimentai-vos. Há muito a fazer. O futuro está nas vossas mãos. Está ali. Levai-o em frente».

Por fim, foi significativo o gesto realizado no conclusão da mensagem vídeo: o Papa falando das consequências dos conflitos sobre a vida das crianças, frisou que elas têm «direito a brincar. Direito à alegria» e benzeu uma oliveira em cuja terra foi posta, como sinal de esperança pela paz, uma bala que lhe tinha sido entregue por um jovem de um país em guerra.

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